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8 lições de vida aprendidas jogando Pokémon Go em família
Essas lições mostram como experiências simples podem ter um impacto significativo nas relações familiares e na formação de valores.

Saudações!
Faz uns dias, falei sobre comunidade e pertencimento, mas não cheguei a me aprofundar no assunto, o texto falava em comunidade política. A comunidade tem a ver com troca, em servir, em estar disponível para o outro. Hoje, eu volto a falar disso, mas com um olhar mais infantil. O texto vai trazer o que aprendi jogando Pokémon Go com os meus sobrinhos. Espero que goste.
Boa leitura.
Festa de criança, praticamente tudo é a mesma coisa. Tem algum tipo de enfeite na parede para que sejam tiradas fotos com todos os familiares, docinhos, salgadinhos, refrigerante, cachorro-quente e, claro, muitas crianças brincando. Em festa de criança, também tem um espaço para os adultos, muitas vezes com churrasco, cerveja e até cachaça. É um momento de falar de política, futebol, religião, dinheiro e outras bobagens.
Recentemente, meu sobrinho fez aniversário e eu estava lá antes de a festa começar, estudando. Minha esposa precisou do carro, não lembro por que motivo, mas imagino que seja para manicure, pedicure ou cabelo, algo assim. E antes de a festa começar, eu vi que o enfeite da festa tinha tudo a ver com Pokémon. Meu sobrinho, que tinha crescido um pouco já, e que até então estava aficionado por minions, carregava em suas mãos cartas de papel com os Pokémons.
Foi então que eu perguntei se ele conhecia o jogo chamado Pokémon GO. Eu lembrava desse jogo por tê-lo estudado em algum momento, devido ao fato de ele trazer a realidade virtual como proposta, a união de dois universos: o personagem, o Pokémon, no caso, e o jogador que assume um avatar e caminha pela cidade. O jogo foi pensado literalmente para fazer as pessoas saírem de casa, ou melhor, as crianças, os jovens e tudo mais (eu me incluo nesse "tudo mais"). Por esse motivo, o jogo é sensacional.
Foi nesse dia de aniversário do meu sobrinho que eu instalei o jogo, em 13 de agosto de 2023, no meu celular e no celular dele. Tudo isso antes de a festa começar. Meu sobrinho, que até então tinha uma relação comigo de alguma forma respeitosa, mas com uma certa distância, tornou-se mais próximo. Eu literalmente passei a caçar Pokémon para entregar a ele, ou na linguagem do jogo, trocar com ele.
À medida que ele caçava um Pokémon diferente, ele printava a tela e encaminhava no WhatsApp para mim. E quando nos víamos no final de semana, eu entregava o meu celular e dizia: "Escolhe o que tu queres aí." Isso nos tornou mais próximos e trouxe mais gente para a brincadeira. Há uma semana, outra sobrinha baixou o jogo e começou a brincar. Hoje somos três e temos um grupo no WhatsApp, como você pode conferir na imagem abaixo.

Você deve estar se perguntando: "Reginaldo, o que isso tem a ver com comunidade? Não estou entendendo nada."
A comunidade tem a família como pilar e o mês das crianças, com o dia 12 de outubro se aproximando, muitas vezes faz com que pais, tios e avós pensem que um presente vai resolver, quando na verdade o maior presente é estar presente para a criança. Abaixo, compartilho algumas lições que eu tiro de aprendizado desses pouco mais de 40 dias jogando Pokémon com o meu sobrinho (e sobrinha).
O principal aprendizado foi lembrar como é importante estar presente, fortalecendo os laços familiares e criando conexões mais profundas.
Jogar Pokémon Go com os sobrinhos mostrou como atividades compartilhadas podem ser oportunidades de aprendizado enriquecedoras.
O jogo Pokémon Go incentiva as pessoas, especialmente as crianças e jovens, a se moverem e explorarem o mundo ao seu redor, promovendo a atividade física e o exercício (eu mesmo estou caminhando mais).
Ao caçar Pokémons para o meu sobrinho estou mostrando a importância do compartilhamento e da generosidade.
O jogo, quando usado de forma equilibrada e social, pode ser uma maneira positiva de integrar a tecnologia.
Jogos como Pokémon Go estimulam a criatividade e a imaginação das crianças.
A criação de um grupo no WhatsApp e a participação de mais mais uma sobrinha ilustram como uma atividade compartilhada pode formar grupos sociais e reforçar o senso de comunidade.
O tempo que dedicamos aos entes queridos são mais valiosos do que simples presentes materiais.
Essas lições mostram como experiências simples podem ter um impacto significativo nas relações familiares e na formação de valores. E, mais importante, o quanto podemos aprender com situações do dia a dia. Basta estarmos atentos.
Atenciosamente
Prof. Dr. Reginaldo Osnildo
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