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Tem medo de aparecer nas redes sociais? Se você cria monstros, deve criar coragem
Foi muito engraçado quando eu soltei uma frase que nos fez rir muito: 'O medo é psicológico!' Se você cria monstros, deve criar coragem.

Saudações,
Há oito anos, anotei essa frase em um caderno: 'Se você cria monstros, deve criar coragem.' Não lembro quem é o autor, não lembro se é de minha autoria. Quando fiz essa anotação, não entendia nada de referência bibliográfica, mas segui o conselho da frase. Não desisti! Lutei com todas as minhas forças. Criei coragem. Olhei para o futuro incerto, respirei fundo e dei o primeiro passo. E é sobre isso que vou falar hoje.
Boa leitura!
Tive a oportunidade de ministrar, na noite de ontem, a palestra 'Como impulsionar negócios através das redes sociais' para o curso de psicologia da Unisul de Tubarão. O encontro faz parte da Trilha Psicologia e Inserção nas Redes Sociais, um movimento acadêmico que acontece durante toda essa semana para os estudantes.
Não levei slide, minha argumentação estava em um post-it com uma frase: 'impulsionar negócios.' Na apresentação mencionei que seria uma conversa, que eu queria entender os medos deles e falar sobre estratégia na mesma medida em que eles apontassem o que os receava. E foi o que aconteceu.
Falamos sobre redes sociais, mas nas entrelinhas falávamos de medo. O medo de se expor para o outro, de ser criticado, banido, perseguido, cancelado, ou algo do tipo. O medo é uma emoção universal que acompanha a humanidade desde tempos imemoriais. É uma reação instintiva que desempenha um papel fundamental na sobrevivência, alertando-nos para perigos potenciais. Mas o medo vai além do simples instinto de sobrevivência; ele também é profundamente enraizado em nossa imaginação e cultura.
Já trouxe antes nos meus textos um artigo que produzi com minha orientadora durante o mestrado: 'O medo no imaginário e o imaginário do medo.' Esse artigo traz esclarecimentos sobre a teoria e o impacto do imaginário social em nossas vidas. Recomendo a leitura.
O medo é uma resposta emocional a uma ameaça percebida, seja real ou imaginária. É uma reação que envolve uma série de mudanças fisiológicas e psicológicas, preparando o corpo para lidar com a situação de perigo. No entanto, o medo não se limita apenas a situações de perigo iminente. Ele também pode ser acionado por eventos futuros incertos, desconhecidos ou mesmo por conceitos abstratos, como a morte. Isso ocorre porque o medo está intrinsecamente ligado à nossa capacidade de antecipar o desconhecido e o incontrolável.
O medo como uma força do imaginário
Nossa imaginação desempenha um papel crucial na criação de cenários de medo. Podemos antecipar situações assustadoras, imaginar perigos que ainda não existem e até mesmo personificar o medo em formas simbólicas, como monstros, fantasmas e criaturas sobrenaturais. Essas expressões simbólicas do medo tornam-se parte integrante do nosso imaginário coletivo.
O medo é uma parte intrínseca da experiência humana, profundamente enraizada em nossa biologia, cultura e imaginação. Ele nos lembra de nossa vulnerabilidade, mas também nos permite explorar o desconhecido e o incontrolável. Ao desvendar o medo e analisar seu papel em nosso imaginário, podemos compreender melhor como ele molda nossas vidas e nossa cultura. Portanto, não devemos temer o medo, mas sim abraçá-lo como uma parte fundamental de nossa jornada humana.
Sobre o medo de aparecer nas redes sociais
E aqui voltamos para a conversa que tive com a turma de psicologia ontem. Eles questionaram muitas coisas, e a maior parte delas estava relacionada ao medo de algo que poderia acontecer caso publicassem conteúdo em suas redes sociais. Foi muito engraçado quando eu soltei uma frase que nos fez rir muito: 'O medo é psicológico!'
Se você cria monstros, deve criar coragem. Simples assim. Para impulsionar negócios através das redes sociais, é preciso atrair potenciais parcerias, potenciais clientes. Fazer reels aleatórios para atrair uma multidão de gente que, no futuro, pode se tornar um hater, não... isso não é o ideal. Produzir conteúdo com consciência estratégica, sabendo quem é o público-alvo. Sim. Depois dessa atração, é preciso se relacionar com essas pessoas, como faço aqui com esse texto que compartilho com frequência. E, em algum momento, é preciso fazer a oferta para que haja a conversão. Já mencionei que minha tese sobre arquétipos que vendem vai virar livro (gatilho mental da antecipação). Quando eu ofertar esse livro, pode ser que você compre.
Ou não. Mas por que eu teria medo disso?
Atenciosamente,
Prof. Dr. Reginaldo Osnildo
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